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7.6.05

Guerra de Letrinhas

BNDES x IBGE

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o IBGE não estão de acordo em relação aos números do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre deste ano divulgados na semana passada pelo órgão estatístico oficial.

O diretor de Planejamento do banco, Antonio Barros de Castro, disse ao Valor ter considerado "estranhíssimo" que setores econômicos aparentemente sem motivos para terem perdido produção, como comunicação e administração pública, tenham influenciado negativamente no desempenho global da economia, contribuindo para que o consumo das famílias tenha sofrido queda de 0,6% em relação ao trimestre anterior.


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O IBGE discorda dessa avaliação. "A parte de comunicação a gente já falou, mas sabemos que é difícil as pessoas entenderem", disse Rebeca Palis, gerente do PIB trimestral do instituto. Segundo ela, não só a telefonia móvel (35% da telefonia, que por sua vez é cerca de 90% das comunicações) não está crescendo no ritmo do começo da década, como a telefonia fixa (65% da telefonia total) está em queda.

No ano passado, a telefonia móvel cresceu 8,7%. Na fixa, o interurbano nacional caiu 8,8%, o internacional cresceu 12% e os pulsos locais (mais assinaturas) caíram 6,4%. No primeiro trimestre deste ano, a móvel cresceu 11%, o interurbano nacional caiu 18%, o internacional, 4% e os pulsos, 1%, segundo o IBGE.

Na administração pública, Rebeca disse que a medida da burocracia geral tende a ser realmente próxima ao crescimento populacional (hoje, perto de 1,2% ao ano), mas as matrículas, internações e atendimentos ambulatoriais têm mostrado tendência de queda. Em 2004, as matrículas caíram 3%. Para o primeiro trimestre, elas foram projetadas com queda menor, mas mantendo a tendência. "As famílias consomem serviços. Se os serviços caem, isso se reflete no consumo das famílias", resumiu.

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