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20.7.05

Capitalismo Tupinambá II

De um executivo da Vale do Rio Doce:

"Todos os projetos feitos no Brasil têm de ter apoio do BNDES. O banco vai ter de analisar nossa proposta dentro dos critérios dele e estamos abertos a ter a colaboração do banco"

Pra que foi que a gente privatizou essa bodega mesmo...?

Esse pedaço aqui, como eu já pitaquei, lembra o Larry Summers, o Swift do século XXI :

Fioca destacou que o banco vê ganhos potenciais em associar um investimento em produção de placas no Brasil, como o da Thyssen Krupp, a um sistema de acabamento do produto e de distribuição comercial no exterior.

Ao ponderar sobre a visão do BNDES, argumentou que essa estratégia pode ser perseguida tanto por uma empresa brasileira que tenha ativos para processamento das placas no exterior (caso da CSN), como por uma companhia estrangeira que decide produzir semi-acabados no Brasil para alimentar suas linhas de acabamento em outros países. "O projeto da Thyssen atende a esta questão relevante", realçou Fioca.

Na análise técnica do BNDES, assinalou, a verticalização da produção de aço é importante desde que o investidor conte com a fase de acabamento, independente desse processo final ocorrer no Brasil ou no exterior. E independente de o investimento ser de capital nacional ou estrangeiro.

O banco, explicou seu vice-presidente, leva em conta a problemática de o Brasil enfrentar barreiras comerciais para exportar para os Estados Unidos, por exemplo, produtos acabados. "Enquanto essa realidade existir, as empresas siderúrgicas, para crescer e serem competidores mundiais, terão de ter escala. E se a alternativa para ter escala e exportar, é ter acabamento lá fora, a gente aprova isso".

Corbellini disse que "de jeito nenhum vamos verticalizar a produção na CSA". Ele informou que o projeto prevê produzir placas para alimentar suas unidades de produção de laminados nos Estados Unidos e na Alemanha.
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