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30.5.11

Depois do jogo

Uma das perguntas que se faz quanto à construção de estádios para a copa do mundo de futebol (me recuso a falar "copa do mundo da FIFA(R)") é o destino do Pacaembu, estádio municipal de São Paulo. Afinal, pelosvisto todos os times de São Paulo pretendem ter estádios adequados a seus respectivos públicos, ou pelo menos, no caso dos grandes, maiores do que o Pacaembu, de 2014 em diante. O São Paulo já tem o Morumbi, o Palmeiras pretende fazer uma breguice à Dubai, e o Corinthians pretende fazer o único estádio original da copa. Pelos renders fico na dúvida se será feio ou bonito, mas original não dá pra negar que é; como a Globo se recusa a usar os tais nomes corporativos e inventa apelidos para os estádios, sempre terminados em "ão," para o de Itaquera sugiro "Xerocão." Nenhum deles, portanto, teria interesse em jogar no Pacaembu, ao invés de num de seus estádios próprios. Tampouco o estádio serve para shows, pois está inserido num bairro rico, numa cidade em que até uma escola de samba situada num bairro classe média, a Vai Vai, tem que encerrar sua comemoração por vencer o carnaval à meia noite.

Ficaria, assim, como elefante branco o estádio mais bonito do Brasil. Por isso, já vai aqui previamente a minha sugestão: transformar ele, de estádio em parque. Seria um parque relativamente pequeno, verdade, mesmo contando a área da praça Charles Miller em frente, mas por outro lado não é tanto uma vocação nova quanto a expansão de algo já pronto, que é o museu do futebol. Hoje, o museu ocupa mais ou menos um sexto da área interna do estádio, se tanto; na minha visão, ele ocuparia toda ela. Além da expansão do museu do futebol, outras coisas a serem feitas seriam:

1- conversão das arquibancadas em terraços arborizados, com plantas bem sedentas para manter seca a estrutura dentro; poderiam ser inclusive os eucaliptos tão queridos dos governos paulistanos da mesma época em que foi construído o Pacaembu. Seriam uns quatro ou cinco terraços, garantindo uma largura razoável e ligados por áreas em declive.

e

2- demolição do tobogã e reconstrução da concha acústica que fazia parte do estádio original.

Com isso, a cidade ganharia um museu de porte razoável, sobre um assunto que interessa muita gente, e um parque que serviria inclusive para absorver parte da água da chuva na região, sujeita a enchentes, e para alternativa ao Parque do Ipiranga para shows ao ar livre durante o dia, além de a concha acústica permitir a qualquer um que quisesse levar lá meia dúzia de equipamentos com amplificador portátil e bateria, ou instrumentos acústicos, tocar de graça.

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